CD em foco |
FÁBIO CURY (fagote) e ALESSANDRO
SANTORO (cravo e órgão)
interpretam BACH (JOHANN SEBASTIAN
e C. Ph. EMANUEL)
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CD 1 |
CD 2
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JOHANN
SEBASTIAN BACH (1685-1750)
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CARL PHILIPP EMANUEL BACH
(1714-1788)
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1. Sonata BWV 1027 em sol
maior
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1. Sonata H.562 em re menor
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2. Sonata BWV 1028 em ré
maior
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(original para traverso)
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3. Sonata BWC 1029 em sol
menor
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JOHANN SEBASTIAN BACH
(1685-1750)
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(original para viola da
gamba e cravo)
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2. Partita BWV 1013 em re
menor
(original para traverso)
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Fábio Cury
fagote Püchner mod.Superior,
2013
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3. Suite II BWV
1008 em re menor
(original para
violoncelo)
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Alessandro Santoro
cravo Joop Klinkhamer,
1978, cópia de Ruckers/Blanchet, 1627/1756
positivo Georg
Jann, Rodeio, SC, 2010
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Fábio Cury
fagote barroco, Peter de
Koningh, Hall, 2012 cópia de Prudente Thierrot, Paris, 1770
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https://www.youtube.com/watch?v=CccUGJYwDhs&feature=youtu.be&desktop_uri=%2Fwatch%3Fv%3DCccUGJYwDhs%26feature%3Dyoutu.be&app=desktop
making of do álbum:
https://www.youtube.com/watch?v=UTFcCuO1LnI |
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fotos: Heloisa Bortz |
texto
do encarte do CD
:
libreto
completo em pdf (texto de
Livia Lanfranchi)
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POR QUE O FAGOTE?
quando nos
confrontamos com a pergunta sobre a validade
de hoje transcrever, para o fagote, obras de
Bach destinadas a outros instrumentos,
tentamos considerar quais poderiam ter sido
as razões do Próprio J. S. Bach, para as
transcrições que ele fez de suas obras, em
diversas ocasiões de sua vida musical (é
oportuno lembrar que a prática da
transcrição era comum na época barroca).
Uma possibilidade
seria a de resolver a difícil equação entre
a urgência de apresentar um repertório
sempre novo (como no caso dos concertos
semanais do Café Zimmermann) e a
disponibilidade de músicos para a execução.
Daí, a plausível origem das várias
transcrições de obras anteriormente
escritas.
Também não podemos
nos esquecer dos contatos ocasionais que
Bach teve em diversos momentos de sua vida,
especialmente em Leipzig ou em Dresden, com
alguns instrumentistas, que poderiam ter
estimulado Bach a escrever intensivamente
para um instrumento específico, ou a
reaproveitar obras anteriormente escritas
(como poderia ter sido o caso do gambista
virtuoso Abel ou do famoso flautista Pierre
Gabriel Buffardin, provável inspirador das
obras mais representativas para flauta de
Bach).
Outra razão para a
validade da transcrição, tanto na época de
Bach como no presente, é o caráter
profundamente metafísico da obra de Bach: o
discurso musical de Bach transcende de tal
maneira a voz específica de qualquer
instrumento, que a transposição parece não
comprometer minimamente a integridade
artística da obra.
Finalmente, acima de
qualquer argumento, é a própria
incomensurável beleza da obra de Bach que
justifica o amor e a necessidade íntima do
músico a tocá-la.
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