CD em foco

do encarte do CD:

Dos compositores eruditos brasileiros, nenhum é tão popular como Villa-Lobos. 50 anos depois de sua morte ele continua sendo tocado e gravado com regularidade em todos os cantos do planeta. Sua efígie já foi parar até em cédula de dinheiro, em 1986. Não por acaso, O Dia Nacional da Música Clássica, no Brasil, é comemorado na data de seu nascimento: 5 de março.

Villa-Lobos também foi popular, contudo, no outro sentido do termo. Empunhando o violão, participou das rodas de choro do Rio de Janeiro de seu tempo, ao lado de músicos do quilate de Anacleto Medeiros e Irineu de Almeida.

Daí se explica como Villa-Lobos conseguiu levar a linguagem da música popular carioca para sua produção de concerto com uma facilidade e espontaneidade que às vezes escapam a outros compositores nacionalistas. Porque para estes, muitas vezes, o nacionalismo era a aplicação de uma equação matemática: pegava-se um tema coletado no folclore rural ou na música popular urbana e tratava-se o dito cujo de acordo com as regras clássicas da composição europeia.

Isso não ocorre na produção do autor das Bachianas Brasileiras. Com justiça ele podia proclamar "o folclore sou eu ", já que sua música, mesmo quando não emprega explicitamente elementos populares, acaba tendo sabor e colorido nacional inconfundível e autêntico...

Irineu Franco Perpetuo

Desde a fundação em 1962, no Rio de Janeiro, o Quinteto Villa-Lobos se dedica, sobretudo, à divulgação da música de câmara brasileira e recebeu em maio de 2009 o “XII Prêmio Carlos Gomes” de ópera e música erudita, indicado para a categoria de Conjunto de Câmara.

página inicial