HARY SCHWEIZER, fagote |
|
|
|
Anos dedicados ao estudo e outros 20 dedicados ao ensino de música na Universidade de Brasília o levam para o desfecho de uma carreira cultivadora de talentos: “Não foram muitos alunos, mas estão todos bem situados. É uma satisfação, como um pai que vê um filho bem e fica contente.” “Que eu não vou ficar velho tocando, eu tenho certeza. Perceber o próprio cansaço físico é importante. Temos de saber parar. Não quero que as pessoas comentem ao me verem tocar: ah, ele já está velhinho, é bonitinho tocando, não tem problema se ele errou a nota. Claro que tem!” O jeito de ser direto e resolvido de um típico alemão não esconde nem ofusca a alma brasileira do fagotista. Típico do jeitinho: uma restrição orçamentária força uma alternativa e desvenda criatividade: era uma época de poucos alunos e poucos instrumentos, comprar um fagote era ainda mais caro, assim, “me deram o desafio: por que você não tenta fazer fagotes? Parecia a solução e aqui estou até hoje.” FERNANDA VELLOSO (por ocasião da exposição fotográfica Allegro)
|
|
|
|
|