PAULO ROBERTO DA SILVA, trombone      

Aos nove anos, perdeu a mãe. No mesmo ano, seu talento amanhecia. Aluno interno do Instituto Arruda Câmara, fazia parte da equipe de limpeza. Depois de varrer o pátio, corria para a sala de música e ouvia o ensaio da banda, atrás da porta, com a vassoura na mão. Um dia, foi descoberto. “O professor olhou para as minhas feições e me indicou para estudar trombone. Era exatamente o que eu queria tocar.”

Logo o talento tomou corpo, junto com o menino, que ficou adulto mais depressa depois de perder a avó na adolescência. E outra vez a música lhe tira da guarda da solidão: “Eu não tinha nada que me prendesse no Rio. Quando fui convidado para tocar na banda da Orquestra da PMDF, não hesitei, peguei o ônibus naquela semana. Cheguei aqui no dia 23 de dezembro de 1972. Vim sozinho, com coragem e com Deus me abençoando.” Depois, veio o convite para ser membro-fundador da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro (OSTNCS).

 

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