JOSÉ NOGUEIRA, saxofone e clarineta   

Ele considera toda a dedicação como quem vê o passado num flash. “Eu comecei na bandinha de Barretos. E me encaminharam para a clarineta pois era o que eles estavam precisando.” Hesita um pouco nas lembranças, na cidade natal, na loucura que parecia prestar vestibular para música na UnB. “Vim para Brasília, morei aqui no CEU [Casa do Estudante Universitário].”

“Como minha mãe iria reclamar? Eu me virava, conseguia me manter tocando nos bailes, no carnaval. Saudade do carnaval de verdade... O sopro era o mais bem pago, nos procuravam com mais de três meses de antecedência. Aí chegou o axé.” Bom, nem precisa dizer mais nada.

“É uma vida muito dura, não se conquista uma estabilidade de uma hora para outra.” Mas isso é comum nas profissões, nem todo mundo fica rico de uma hora para outra, comento. E rapidamente Zé tem uma vantagem: “eu pergunto a você, se ficasse milionária, ainda continuaria trabalhando? No meu caso, aí sim é que eu tocaria mais ainda”. (risos).

 

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