pág. 64 e 65 de ARTESANATO NA MÚSICA, uma edição REDECARD

 

   

Hary Schweizer

  Fagotes

 

 

  Nascido em Mafra, Santa Catarina, o fagotista Hary Schweizer traz a alma
  envolta em música. Ao encerrar seus estudos no Paraná, ele partiu para
  Munique, na Alemanha, onde fez diversos cursos de especialização.
  Ao retornar ao Brasil, em 1977, passou a lecionar fagote, música de câmara
  e história da música na Universidade de Brasília, participando também do
  quinteto de sopros, do trio de palhetas e de inúmeros recitais promovidos
  pela instituição.
  A escassez de bons fagotes no Brasil e o incentivo dos amigos o levaram
  a fabricar o primeiro instrumento nacional desse tipo.
  A origem alemã não impediu que Schweizer incorporasse o jeitinho
  brasileiro: com ousadia e improvisação, o artista é autodidata na
  confecção dos instrumentos e adapta as matérias-primas nacionais às
  suas criações. Dessa mistura de nacionalidades nascem instrumentos
  de sonoridade precisa, que são elaborados com matérias-primas
  tropicalizadas. Fagote-solista da Orquestra do Teatro Nacional de Brasília,
  da qual é fundador, Schweizer precisou, em parte, trocar as notas e
  partituras pela madeira, por chaves, palhetas e ferramentas. Após 20 anos
  de estudos em música erudita e de muito trabalho em seu ateliê, o artista
  domina o fagote em todas as suas minúcias. Hoje, a música que faz e
  os instrumentos que confecciona trazem a marca de qualidade que
  é reverenciada pelos ouvidos mais exigentes.
   

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