Jacques François
Simiot (por volta de 1769 - 1844) é um dos mais originais
construtores de instrumentos de seu tempo; Gottfried Wilhelm
Fink cita-o em seu artigo "O Fagote" na
Enciclopédia Geral de Ciências e Artes, de 1835, ao
lado de Carl Almenräder.
Em uma exposição de
1823 Simiot foi elogiado não só pela fineza da afinação e
equilíbrio de sonoridade em seus fagotes numa medida até então
desconhecida mas também pela rica oferta de recursos técnicos,
como por ex. a chave do Dó# grave. O fagote da foto não conta
com esta chave, mas traz outras inovações, que são atribuidas a
Simiot, como por exemplo uma asa regulável, à qual as chaves de
registro igualmente se adaptam.
Chama a atenção a
curva da culatra de latão, muito parecida com as que são
construidas hoje em dia. Mas as válvulas de hoje não são
provenientes diretamente de Simiot; Almenräder já tinha criado
uma solução inovadora, na qual a curva da culatra era afixada
entre dois trilhos. Este processo, dificil de se construir e
mais dificil ainda de vedar, foi utilizado até os inícios do
séc. XX não só por Heckel e seus seguidores, mas por diversos
construtores de fagote.
O instrumento da foto
por motivos de conservação não pode mais ser desmontado em suas
partes.