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1. A TEORIA
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A postura ao tocar é aqui entendida como uma inter-relação entre intérprete, corpo e instrumento. O quanto ela é positiva será determinado pela eficiência de elementos importantes como respiração, embocadura e mesmo a agilidade técnica dos dedos. |
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A postura é influenciada por fatores como: |
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Estes fatores precisam ser observados para se obter uma posição eficiente e cômoda de tocar. |
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Se a respiração e a maneira como ela é conduzida são os elementos essenciais de tocar fagote, então o volume e a atuação da respiração são fortemente dependentes de uma "boa postura". Poderíamos definir isso como uma situação pretendida pela natureza: o uso que o homem primitivo fazia de seu corpo, não influenciado por fatores da vida moderna como alimentação, vestimenta, atividade sedentária, etc. Quanto mais se aproveitam os próprios conhecimentos e capacidades, tanto maior é o desempenho que o corpo pode oferecer. Tudo o que atrapalha a eficiência do corpo, atrapalha o instrumentista de sopro. O fagote, por causa de de seu formato, tamanho e peso, apresenta problemas que precisam ser resolvidos individualmente por cada músico. Muito do sucesso como fagotista depende da maneira como cada um consegue resolver estes problemas. |
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Pode-se constatar uma admirável melhora da qualidade sonora quando um coro amador canta em pé uma passagem, comparada à mesma passagem cantada anteriormente sentado. Da mesma maneira que um orador profere seu discurso preferentemente em pé do que sentado, pode-se argumentar que o tocar em pé ao invés de sentado tem vantagens: |
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Por isso, quando nas ocasiões em que o fagotista necessitar de uma projeção máxima, como por exemplo na execução de um concerto ou de um solo, ele estará em vantagem se optar por uma postura em pé. Músicos de orquestra e de câmara, porém, são obrigados na maior parte das vezes a tocarem sentados. |
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O equilíbrio que se atinge entre cabeça, pescoço e coluna é decisivo para um uso eficiente do corpo. Quando se observa um esqueleto adulto de lado, pode-se perceber que a coluna está triplamente curvada. Começando na bacia a coluna se curva levemente para frente. Na altura das costelas ela se volta para trás, e na altura do pescoço vai novamente para frente e suporta a cabeça. Em certo sentido poderíamos comparar a coluna com uma pilha lenha: quando uma vértebra não está aprumada, é como se um toco desta pilha de lenha estivesse fora de lugar, uma estabilidade relativa só pode ser obtida se o próximo toco estiver colocado de tal maneira que ele ofereça um contrapeso. Para se conseguir o equilíbrio com um mínimo de esforço, precisamos sustentar a cabeça (este parte do corpo relativamente pesada) de tal maneira que ela não caia para frente nem penda para trás. |
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A postura de quem toca deveria ser tal que a palheta seja conduzida aos lábios diretamente de frente (ao invés de em ângulo oblíquo) e que ocorra um ângulo confortável para a embocadura. A maioria dos músicos precisa se adaptar ao instrumento e seus acessórios para que ele corresponda a suas necessidades individuais (forma, tamanho, queixo, etc.) para encontrar e definir a posição correta.
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2. A PRÁTICA
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Tocar em pé
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Algumas orientações acadêmicas antigas proibiam aos estudantes de tocarem em outra posição que não fosse a em pé. O motivo para isso era presumivelmente que, tocando em pé, não se viciavam em posições defeituosas como quando tocando sentado. Em pé realmente é possível de se puxar a cabeça para frente ou por outro lado repuxar o queixo e soltar o peito para fora. A posição mais confortável, no entanto, de se tocar em pé é quando cabeça, pescoço e costas estão alinhados verticalmente numa linha e assim compensar os efeitos da gravidade e evitar contrações desnecessárias. Poderia ser feita a comparação com a posição de um guarda, que precisa ficar por longo tempo em sentido. Os ombros estão alinhados com os quadris e os pés estão levemente separados (no fagotista talvez o pé esquerdo levemente à frente do direito). |
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Nesta posição o aparelho respiratório tem seu mais amplo espaço livre. O ideal seria que se encontrasse um maneira de segurar o instrumento de tal modo junto ao corpo que as mãos pudessem atingir as chaves sem esforço, que a palheta pudesse ser conduzida aos lábios num ângulo ideal para a embocadura. |
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Para determinar a postura mais cômoda a gente deveria usar dois espelhos - um colocado de maneira frontal, outra de lado na parede - para se observar de perfil o que a gente faz e o que acontece a cada momento. A gente se posiciona sem o instrumento para sentir que tudo pareça bem e que funcione. A gente pode observar melhor o que realmente acontece com as costas e com os quadris, isso se a vestimenta não for por demais folgada nem em forma de saco, pois nestes casos ela esconde mais do que mostra. Então a gente traz o instrumento para a posição de tocar sem interferir em nada.
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Tocar sentado
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Alguns professores parecem não se interessar como seus alunos tocam quando sentados, pois eles normalmente os observam tocando em pé. No mundo real, porém, praticamente toda execução musical acontece tocando sentado. Está-se diante do problema que a maioria das cadeiras não é concebida para atender o conforto e funcionalidade de quem toca. Elas foram concebidas para o descanso e para a descontração ou então para facilitar seu armazenamento e/ou seu transporte e não para se trabalhar nelas. Sua altura não é regulável, o espaço onde se senta é deitado para trás, curvado para dentro ou almofadado, seu encosto se encontra inclinado e não tem condições de oferecer apoio onde este se faz necessário. Algumas cadeiras tem uma aresta nos contornos, que atrapalha o instrumento; e como os fagotistas conhecem este problema. Cada cadeira oferece um outro problema, que precisa ser resolvido, quando não somos obrigados a sentar mal. É possível resolver os problemas de uma cadeira problemática da seguinte maneira: |
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Fundamental é não deixar que uma cadeira mal construída interfira numa postura eficiente no nosso fazer musical. |
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Cada instrumento de orquestra tem determinadas exigências. Em determinadas orquestras os violoncelistas, por exemplo, tem um modelo de cadeira adequado a suas necessidades; o fagotista merece igual consideração. Quando o assunto é cadeira os músicos dos instrumentos menores de sopro, comparado aos fagotistas, tem uma maior liberdade de escolha. Por causa da forma específica do fagote, que exige que o instrumento seja sustentado ao lado do corpo e por seu peso que exige por vezes um equipamento próprio para seu apoio, a opções são bem mais limitadas. Como ao tocar em pé é preciso perseguir o seguinte: |
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Os ombros devem permanecer numa linha e não tortos. A altura da cadeira deve permitir que o calcanhar descanse no chão. Quando a maneira de sentar tenha ficado definida, deve-se também atentar que a estante e o regente estejam visíveis. |
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Uma situação ideal permite certa liberdade ao tronco e liberdade de movimentos, sem que o encosto da cadeira venha a atrapalhar. É, no entanto, recomendável, que o encosto, caso seja necessário, possa eventualmente ser usado. Enquanto que o pianista em seu banquinho está obrigado a confiar nos seus músculos costais para não cair, o instrumentista de sopro precisa oportunamente o apoio do encosto, pois tem de dar conta de longas tarefas no decurso de exaustivos e intermináveis ensaios e apresentações. |
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O Dr. Richard Norris contribuiu valiosamente neste contexto, em seu The Musician's Survival Manual (Norris, 1993), quando chamou a atenção para o efeito que o ângulo do assento tem para o diafragma: " O sentar com os quadris e joelhos num ângulo de 90° faz facilmente com que a curvatura lombar fique ao contrário. Assim o diafragma fica murcho e o peito tomba, de tal maneira que uma respiração ampla fica difícil". |
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Para que se consiga o efeito contrário ele recomenda o uso de um pequeno travesseiro em forma de cunha, para alterar o declive do assento da cadeira; "o assento caindo para frente traz o ponto de apoio diretamente sobre o osso de sentar, o que é muito parecido com a postura de tocar em pé.
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3. PROGRAMAS
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4. ERROS / PROBLEMAS
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Determinados problemas referentes à contração física - de pequenas queixas a grandes dores - podem ser debitadas ao fato que durante um certo tempo foi adotada uma posição errada ao tocar. O erro mais comum é o de deixar a parte posterior da coluna cair sobre o encosto da cadeira. |
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Alguns dos problemas mencionados podem ser causados pelo considerável peso dos instrumentos modernos. Poderá eventualmente ser necessário alterar acessórios como o bocal ou o sistema de sustentação do fagote para possibilitar uma postura mais adequada e confortável ao tocar. |
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índice do livro |
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1. HISTÓRIA |
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3. O INSTRUMENTO |
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4. TOCAR |
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5. REPERTÓRIO E APLICAÇÃO |
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6. BIBLIOGRAFIA e LISTA DE OBRAS |
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7. APÊNDICE
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