"PALHETAS" entre aspas... |
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depoimentos |
ALOISIO FAGERLANDE: |
"Procuro sempre encarar a atividade de montagem de palhetas como um "hobby", uma atividade manual de precisão, como o aeromodelismo, ou mesmo uma "carpintaria em um micro-nível" ... Por incrível que pareça, consigo até relaxar ... mas apenas na montagem. Já na raspagem, fora a questão técnica, procuro sempre mentalizar positivamente para transmitir alguma energia para a palheta que estou mexendo, além de tentar me manter calmo e com todo o tempo do mundo para aquela palheta, pois todo nós sabemos que a pressa é quase sempre inimiga da perfeição. Ah, e sempre ter várias palhetas velhas disponíveis, para eventuais fases ruins. É incrível como muitas palhetas que já tinha descartado , pego algum tempo depois e funcionam bem!" |
GUSTAVO KOBERSTEIN: |
"Falar sobre palheta pode ser mais difícil do que tocar fagote! Como fazer? como raspar? leve? dura? estreita? larga? ponta? arames? linhas? moldes? goivas? lixas? lingüeta? facas? cada um tem suas manias de fabricação! Na verdade são tantas perguntas e variáveis que prefiro pensar nela como apenas um pedaço de bambu do qual dependo para tocar! Como sou um pouco exigente com minhas palhetas aproveito apenas entre 30 a 40% das palhetas que faço. Infelizmente ainda não consegui ter um padrão de montagem para me fazer ver passarinho azul! Na verdade eu não me estresso muito com palheta no sentido dela ficar boa, isto é, se não prestou logo de cara eu não perco tempo em fazê-la funcionar e parto para outra. Eu não sou obrigado a perder tempo com isso! tenho muito que estudar e sou muito bonito pra ficar sentado olhando pra um pedaço de bambu o tempo todo!" |
FRANCISCO ALVES DE ASSIS FORMIGA: |
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CRISTINA PORTO COSTA: |
"Coisas que aprendi com o tempo: |
MARCIO ZEN: |
"Com relação às palhetas no momento só me vem uma coisa na cabeça: "palhetas, as temperamentais". Aliás, uma ótima comparação seria: as palhetas e as mulheres..." |
BENJAMIN COELHO: |
"Falando de palhetas tenho três considerações a fazer: |
FABIO MENTZ: |
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ELIONE ALVES DE MEDEIROS: |
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ANTONIO BRUNO: |
"Não tenho muito a dizer, a única coisa que faço com a palheta é tocar o LÁ 2 com a chave do LÁ apertada e repetir o LÁ 2 sem a chave. Quando o LÁ sai mais alto com a chave, eu raspo a palheta até sair igual tanto com a chave quanto sem ela. No meu caso, enquanto o LÁ sai diferente com e sem a chave, eu não me sinto bem com a afinação de algumas outras notas." |
ALEXANDRE SILVÉRIO: |
"Gostaria de relatar como tenho trabalhado em relação a nossa "amiga" (da onça!) chamada palheta. Desde aprox. 1 ano só monto palhetas com canas de Ovídio Danzi, no Brasil sempre tinha tocado somente com Rieger, mas depois que provei Danzi, nunca mais consegui ficar satisfeito com as canas Rieger. Já a Danzi, no começo acho o som um pouco claro, mas a palheta já funciona bem com apenas dois dias depois de montada, os agudos são bem ricos, e a cana proporciona uma boa articulação; em 5 dias a palheta já está com um som bem encorpado. Aqui na Alemanha tenho visto que quase todos tocam com cana Danzi: Thunemann, Azzolini, Stefan Schweigert, Dag Jensen, o Afonso... Acho muito importante para se conseguiruma boa palheta que a montagem tenha sido excelente! Mas o que eu também faço não é novidade, corto o tubo com 26 mm e a lamina entre 29 e 28 mm; também corto com o estilete nos lados do tubo, não consigo explicar muito bem com palavras, mas tiro uma lasquinha de cada lado (ao todo 4 vezes) e faço com que um lado fique bem encaixado no outro, quase casca com casca, não dá para ver muito aquela parte de dentro sobrando... Mas desse jeito a lâmina da palheta fica sem "over laps", e na minha opinião a palheta vibra bem mais desse modo." |
WALDIR SEVERINO da SILVA: |
"Sempre tive grandes dificuldades quanto ao problema das palhetas, inicialmente tocava naquelas palhetas compradas em lojas de artigos musicais, e sempre as piores porque sou funcionário de uma universidade e como as coisas no serviço público são sempre adquiridas pelo menor preço, quase sempre compravam também as de pior qualidade; depois meu colega foi a Brasília para um curso de verão, conheceu o Hary e adquiriu dele algumas palhetas e daí em diante não conseguimos mais tocar nas antigas; depois disso conhecemos uma colega e passamos a adquirir nossas palhetas através dela, verdade seja tido uma pessoa sensacional, muito prestativa; mas é chegada a hora de começar a ficar independente, fabricando suas próprias palhetas..." |
HARY SCHWEIZER: |
"Sem palheta o fagote não toca!"... e quanto a palheta pode ser problema (ou solução!) fica constatado pelos muitos depoimentos. |